Considerando tudo o que é falado nas igrejas sobre perdão, destituição e cura, muito pouco parece ser verdadeiramente demostrado pelos cristãos. Consideramo-nos pacificadores, solidários, sempre perdoando e esquecendo. Porém, até mesmo as pessoas mais espirituais são culpadas de não demonstrar um espírito de perdão.
Achamos difícil perdoar aqueles que ofenderam o nosso orgulho; ou alguém que é ingrato; ou alguém que nos enganou. E a maioria dos cristãos não sabe lidar com as críticas. Aplicamos todos os métodos possíveis para esconder o nosso ressentimento, ocultando as nossas defesas com argumentos eloquentes. Sim, orgulho ferido é algo terrível.
Frequentemente, antes de conseguirmos perdoar o próximo, devemos aprender a perdoar a Deus. Embora Deus jamais tenha pecado contra alguém, isso não impede que guardemos rancor contra ele. Chegamos à sua presença para orar, porém, abrigamos sentimentos negativos contra ele, pois pensamos que não fez o que deveria. Uma oração pode não ser respondida por semanas, meses – até mesmo, anos. Ou uma doença inesperada pode ocorrer, ou uma tragédia pode vir sobre alguém amado – e a fé começa a vacilar.
Lembre-se, a Palavra de Deus deixa claro que uma pessoa vacilante nunca receberá nada de Deus: “Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor; é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz” (Tiago 1:6-8).
Jesus entendeu a tendência de seus filhos em guardar rancor contra os céus, quando as montanhas não são movidas no tempo esperado. Ensinou Pedro a não pedir nada quando estiver na presença de Deus, a não ser que ele tenha perdoado: “E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados” (Marcos 11:25).
Se você tem um rancor secreto em seu coração contra alguém ou contra os céus, permita que o Espírito de perdão flua em sua vida. Deus é fiel!